Biografias
(E)ternamente Eusébio
A Vida Das Palavras
Tal como os anteriores, À Beira do Abismo (2005) e Beleza Interior (2006), este terceiro volume de biografias seleccionadas entre as publicadas ao longo de cinco anos na revista Xis poderia, naturalmente, dispensar uns nomes e incluir outros. Com o mesmo denominador: a vertigem que extraímos do conjunto, as diversas paixões da alma, as perplexidades da condição humana, a persistência da memória.
António de Spínola, O Homem
António Sebastião Ribeiro de Spínola é sobretudo conhecido como oficial das Forças Armadas e como o primeiro Presidente da República Portuguesa do pós-25 de Abril. Nesta obra, Carlos Alexandre de Morais revela-nos, agora, um retrato expressivo e multifacetado desta personalidade ímpar da nossa História recente. Através do seu testemunho pessoal, "garantido por uma memória quase fotográfica", como observa o General Carlos de Azevedo no prefácio do livro, o autor conduz-nos aos bastidores da acção desenvolvida por António de Spínola, no período em que foi governador e comandante-chefe das Forças Armadas, na antiga Guiné Portuguesa (1968-1973), e nos meses que precederam a implantação do regime democrático em que hoje vivemos.
As Regras da Minha Vida
Subir na vida a pulso. Com passos pequenos, mas firmes. Ser humilde até morrer, independentemente da fama e do sucesso. Não desistir nunca dos sonhos por mais impossíveis que possam parecer. Gostar realmente do que se faz, ter a família como porto de abrigo e, claro, aprender a rir! Estas são algumas das regras da vida de Camilo de Oliveira. Um actor com mais de 60 anos de carreira que partilha neste livro a sua experiência e sabedoria. Um homem que chegou onde chegou graças às suas regras de vida. Um percurso recheado de aventuras, de êxitos e contratempos, com algumas lágrimas e muitas gargalhadas. Figura incontornável da televisão e dos palcos portugueses, poucos conhecem o homem que está por trás do actor Camilo de Oliveira. Através da sua vida viajamos pela história do teatro e da sociedade portuguesa. Percorremos o país com a Companhia Rentini, conhecemos as dificuldades de um jovem actor em Lisboa, sonhamos com os anos gloriosos do Parque Mayer, vivemos a boémia dos teatros, conhecemos os bastidores das peças e dos programas de televisão.
Carolina Beatriz Ângelo
Foi e primeira cirurgiã Portuguesa. Representante de uma ética inconformista e democrática, alicerçou sonhos nem credo de responsabilidade tornando-se a primeira mulher a exercer o direito de voto, nas eleições de 28 de Maio de 1911. Pelo Verbo e pelos actos tornou o mundo mais habitável, mais fraterno.
Confissões de um Franciscano
O Padre Vítor Melícias é uma das personalidades mais cativantes e complexas do Portugal contemporâneo. Conhece-se a sua persistente intervenção cívica, desde os agora longínquos tempos do chamado «Grupo da Luz», e o modo como tem influenciado algumas das grandes figuras políticas da actualidade. A solidariedade, a alegria de viver, a fé na possibilidade de fazer do nosso um mundo melhor, dão-lhe um lugar merecidamente à parte na sociedade portuguesa. Impunha-se por isso, há muito, a edição de uma obra como esta que a Livros do Brasil se orgulha de lançar a público. Uma obra que dá a conhecer os detalhes e a riqueza de uma vida que tem, como poucas, contribuído para tornar Portugal um país mais fraterno, mais sereno, mais capaz de lançar pontes para outros povos e para os novos tempos que aí vêm. Foi a essa tarefa que lançou mão Luís Guimarães. Como ele próprio diz, «não podemos evitar, quando o conhecemos pessoalmente ou o vemos na pantalha televisiva, de simpatizarmos de forma automaticamente empática com ele.» Mas nem por isso o jornalista deixou que a simpatia se sobrepusesse ao seu dever de inquérito. De modo que o leitor encontrará neste livro, não apenas o retrato, forçosamente luminoso, do padre Vítor Melícias, mas ainda o modo como, de forma libérrima, este reflecte sobre diversas questões controversas, surpreendendo-nos tantas vezes pelo exercício fascinante da sua inteligência.
Coração Independente
A morte sempre andou lado a lado com o fadista. Perto dos 2 anos uma nefrite, causada por uma queda, levou o médico a garantir que a criança nunca chegaria a homem. João Braga atirou-se à vida com unhas e dentes e lá foi contrariando o destino. Homem já feito, a morte voltou a bater-lhe à porta no dia 6 de Novembro de 2005. O diagnóstico: um enfarte do miocárdio com necessidade de intervenção cirúrgica, que levou o fadista às lágrimas. Deitado na cama do hospital, João Braga resolve meditar sobre a vida. Este livro é um relato íntimo e pessoal que nos leva ao Buçaco, local de férias, às casas de fado de Cascais, a conhecer os seus amigos, aos agitados anos 60, às noites lisboetas e a passar por episódios marcantes da sua vida como o 25 de Abril, o exílio ou a morte de familiares e entes queridos como Amália Rodrigues.
Correr
Logo após a guerra, em 1946, nos campeonatos organizados pelas forças aliadas em Berlim, atrás do cartaz Checoslováquia, para grande chacota do público presente, vem apenas um único atleta, magro e escanzelado. Mas quando nos 5.000 metros aquele atleta não só se desembaraça em poucos minutos dos seus mais possantes adversários com uma volta de avanço, como agora começa a ultrapassá-los novamente, um a seguir ao outro e, enquanto estes abrandam, ele volta a acelerar, cada vez mais. De boca aberta ou aos gritos o público do estádio já não aguenta mais. Mais do que duas voltas! Vocifera o locutor do estádio. Em pé, a exultar, estão oitenta mil espectadores. Aquilo não é normal, gritam, aquele tipo faz tudo o que não deveria fazer e ganha! O nome daquele rapaz magro e louro de sorriso aberto nunca mais ninguém o esquecerá: Emil Zatopek. Poucos anos e dois Jogos Olímpicos depois, Emil torna-se invencível.
Num livro comovente e emocionante, Echenoz percorre quarenta anos de História recente dando-nos a conhecer a vida excepcional de um dos grandes mitos do desporto, descrevendo de forma atractiva os seus maiores sucessos, mas também as difíceis relações com o poder comunista, a instrumentalização da sua carreira como veículo de propaganda, censura e controlo, e as perseguições politicas de que foi alvo e que ditaram o fim da sua carreira.
Duas Vidas Numa Só
Enciclopédia das Pessoas Famosas
A Enciclopédia das Pessoas Famosas constitui uma interessante obra de referência para crianças a partir dos oito anos e uma admirável obra de consulta para toda a família. Simples de consultar e apresentada por temas, a Enciclopédia das Pessoas Famosas é completa, útil, elegante e divertida. Crianças e adultos sentir-se-ão atraídos pela forma clara e concisa como está escrita e pelas belas fotografias e ilustrações. As diferentes entradas referem personalidades significativas que fizeram história, os feitos e o legado que nos deixaram.
Entrefitas e Entretelas
Pedro Bandeira Freire é uma personalidade conhecida da vida portuguesa. Dono dos cinemas Quarteto, dramaturgo, poeta, actor e realizador de cinema, PBF conta, neste livro, histórias da sua vida. Histórias de amor e cama, histórias de copos e boémia, são histórias de Lisboa com pessoas de carne e osso. Um livro cheio de revelações de vida, na linha do livro muito pessoal escrito por Maria Filomena Mónica. Algumas histórias revelam segredos de uma certa época de Lisboa (os anos 60 e 70) e são contados com intensidade e, sobretudo, com muita sinceridade. O livro tem 48 páginas de fotos do autor e das personalidades envolvidas.
Histórias da Minha História
António Calvário, uma das grandes e das mais populares figuras do mundo do espectáculo em Portugal, surpreende-nos com este livro, um tocante auto-retrato recheado de drama, desilusão, comédia, ternura e amor. Escritas sobre notas tomadas pelo punho do próprio ao sabor dos acontecimentos e ao longo dos anos, estas Histórias da Minha História acabam por ser, verdadeiramente, as suas memórias, carregadas de pormenores comoventes. Desde o dia em que ficou, com a família, «preso» numa ilha deserta em Moçambique, até uma certa noite, véspera de Natal, em que, já em Lisboa, deu tudo o que tinha para que o sorriso de uma criança não desaparecesse. Aqui, António Calvário revela-se como filho, cantor, actor, homem. Por aqui passam evocações de outras personalidades ímpares da sociedade e cultura portuguesas, como Simone de Oliveira ou Amália Rodrigues. Repleto de episódios caricatos, como aquele em que um boato o dava como cego, ou um outro, em que conta porque se zangou com Madalena Iglésias, com quem formava um dos mais famosos pares românticos, Histórias da Minha História constitui a memória viva de um artista que já entrou para a história da nossa memória colectiva.
J. K. Rowling
[1996] Depois do almoço [o editor] apertou a mão da sua última autora, dizendo: «Nunca conseguirá ganhar dinheiro com livros para jovens, Jo.» Esta observação tornou-se uma das histórias favoritas de Joanne. Dois anos após a publicação de A Pedra Filosofal, Joanne era oficialmente milionária. Criadora da mais amada e famosa personagem de ficção da actualidade – Harry Potter – J. K. Rowling é também a autora da sua própria fuga de uma existência depressiva, à beira da destruição. A imagem da mulher tranquila que escreve à mesa de café, frente a uma chávena fumegante e a um copo de água, enquanto um bebé dorme sossegado no carrinho, pode ter-se transformado num cliché, mas constitui também uma inspiração para milhões de pessoas.
Jenny, A Mulher de Karl Marx
Graças à biografia de Jenny é revelada ao leitor a odisseia familiar do casal Marx, reconstituída com minúcia de historiador. As surpresas são inúmeras: de facto, quem poderia imaginar que Karl Marx, o panfletário autor de O Capital e do Manifesto do Partido Comunista, era um burguês requintado, que nunca visitou um bairro operário em toda a sua vida ? E que, embora preconizando a abolição do direito sucessório, foi graças a heranças - e às conhecidas benesses do seu amigo Engels - que conseguiu muitas vezes sobreviver ? Mas, acima de tudo, paira a revelação do amor de uma mulher levado ao extremo do sacrifício.
João Pina de Morais
Jorge Nuno Pinto da Costa – O Portador de Alegrias
José Enes – Poesia, Açores e Filosofia
Kylie Confidencial
Laura Alves, A Rainha do Palco
Uma das queridas actrizes portuguesas. Além de ter trabalhado com as mais importantes figuras do seu tempo Laura Alves foi um caso sério de talento, sagrando-se como uma das carismáticas intérpretes portuguesas do século XX. O presente livro traça o seu percurso até 6 de Maio de 1986, data da sua morte, ou o dia em que «o teatro português parou», como se lê a páginas tantas.
Uma ampla galeria de imagens, elencos e outros dados cronológicos fazem deste livro uma obra de prazer, mas também de consulta.
Maestro Fernando Correia Martins
«Fernando Correia Martins faz parte das figuras cimeiras da cultura musical portuguesa. Como intérprete, como compositor, chefe de orquestra, orquestrador e produtor discográfico. Do ponto de vista humano sublinhamos o seu carácter afectivo e bondoso. Pessoas como o Fernando passam pela vida de uma forma discreta mas ajudam-nos a ser melhores.» Carlos do Carmo.
Natália Correia de Alma Aberta
Através de uma técnica caleidoscópica que tão competentemente usa, vai-nos o Fernando Correia tecendo e desbobinando, em jorros de emoção, muita da história recente do nosso país e em que o percurso pessoal e marcante de Natália Correia se nos oferece tingido de sangue que o é, afinal, da nossa própria vivência colectiva.
Posh & Beckham
Nesta nova sensacional e totalmente não-autorizada biografia, Andrew Morton, autor de grandes best-sellers como Diana: A Verdadeira História e Monica´s Story, a penetra profundamente na imagem pública cuidadosamente controlada dos Beckham e, pela primeira vez mostra os seres humanos verdadeiros que esta esconde. Baseando-se numa série de entrevistas em profundidade junto de informadores privilegiados, revela a história fascinante de duas pessoas que lutam ostensivamente para manter vidas normais e obcecadas com a privacidade.
Renée Pélagie, Marquesa de Sade
Nunca ninguém de tal se lembra, mas a verdade é que o Marquês de Sade foi casado. Assim sendo, teve uma mulher (legítima - entenda-se). Só que ninguém cuida de saber quem foi. Chamava-se Renée Pélagie, nascida em 1740, era mais nova dois anos do que o marido e fez tudo por ele, nunca o abandonando. Conspirou com marginais, subornou prostitutas, disfarçou-se de homem, tentando a evasão do esposo e - pior do que tudo - viveu com ele. Esta é a biografia de uma mulher até agora totalmente na sombra. Um livro que, a despeito de amiúde se referir a Sade, muito pouco fala da sua obra.
Rómulo de Carvalho / António Gedeão
Plano Nacional de Leitura Livro recomendado para o Ensino Secundário como sugestão de leitura. «Esse nome, António Gedeão, simultaneamente vulgar e também, de certo modo, estranho, aconteceu surgir-lhe no pensamento quando, em 1956, com cinquenta anos, se dispôs a revelar o seu primeiro livro, Movimento Perpétuo, publicado pela Atlântida editora, em Coimbra. Não queria que ninguém soubesse da sua identidade como poeta. Para isso, era necessário apresentar-se com um pseudónimo de tal modo vivo, de tal modo invulgar que ele próprio não se reconheceria às primeiras. Medo? Medo do público leitor? Medo de si próprio? As hesitações para esta primeira publicação foram imensas! E o livro foi publicado no mais completo segredo, tudo combinado com o editor. Ninguém saberia que António Gedeão era Rómulo e que Rómulo era António.» Cristina Carvalho
Ruben A.
«Em Um Adeus aos Deuses, Ruben A. recomenda que “se um dia alguém tiver a ilusória preocupação de escrever a minha biografia, pode bem encontrar-me vivo nas três cidades perdidas de Rodes. Mas só com a condição de aqui vir, de pisar o tremendo espírito que das ruínas me quis possuir para que nesse holocausto de bacanal mítica encontre aquele que num dia normal dos deuses teve o raro privilégio de ser contemplado pelas suas falas.” No caso de Ruben A. Não nos parece francamente necessário que tenhamos de nos deslocar um dia às três cidades perdidas de Rodes, dado que tivemos o grande privilégio de o haver conhecido, de com ele ter convivido e de nos termos correspondido durante vários anos. Tivemos ainda a grata possibilidade de ter acompanhado uma parte do itinerário do homem e do escritor e de ter também entendido e guardado, com o maior afecto, o comovido e ardente adeus que, na prosa vertiginosa da sua inolvidável viagem à Grécia, apaixonadamente descrita e nesta obra evocada, ele conseguiu lançar, eufórico e feliz, à terra em que os deuses, para quem no fim de contas o merece, se podem abordar e ser vistos entre coisas e gentes.» Liberto Cruz e Madalena Carretero Cruz.
Sofia Tolstoi – Uma Biografia
Sofia Tolstoi conheceu a fama mas também a alienação durante os quarenta e oito anos em que esteve casada com Leão Tolstoi. Foi admirada como musa e assistente literária de um dos romancistas mais célebres do mundo. Mas quando Tolstoi se tornou uma figura pública proeminente e fundou um novo tipo de religião, Sofia foi desprezada por não partilhar dos seus ideais. E esta é a imagem de Sofia - perversa, incómoda e constantemente em guerra com Tolstoi - que tem sido perpetuada no registo histórico.
Baseando-se em material de arquivo recentemente disponibilizado, incluindo os diários inéditos de Sofia, Alexandra Popoff apresenta um retrato muito diferente e preciso de Sofia enquanto mulher e enquanto esposa de Tolstoi.
Esta biografia, expressiva e cativante, apresenta com uma agudeza e um pormenor fascinantes os muitos aspectos em que Sofia Tolstoi enriqueceu a vida e a obra de um dos autores mais conceituados do mundo.
Um Republicano Chamado José Fontana
Unidos no Amor Contra a Indiferença
Um testemunho de dois cidadãos portugueses - um professor do ensino secundário e uma economista cuja actividade se tem desenvolvido sobretudo em IPSS - a quem têm sido negados ou sonegados esses direitos básicos em virtude de pertencerem a um grupo de pessoas que são normalmente invisíveis aos olhos da nossa sociedade - o dos cidadãos chamados deficientes. Uma história de amor poderosa e comovente e um testemunho que mudará necessariamente para sempre em quem o ler o olhar em relação a estes nossos concidadãos. Isabel Rute Barata nasceu em Luanda em 1967, mas veio para Lisboa antes dos dois anos de idade. Licenciada em Economia em 1993, exerceu a profissão, na área Administrativa e Financeira, durante cinco anos, até problemas ósseos a terem obrigado a reformar-se por invalidez. Começou, desde 1992, a trabalhar na área do voluntariado e a dedicar-se ao desenvolvimento pessoal, o que faz até ao presente, consciente da sua missão e do seu papel na criação de bem estar social. Manuel António Matos nasceu em Julho de 1955. Em virtude de uma doença degenerativa e progressiva ao nível muscular, nunca chegou a caminhar. Licenciou-se em Germânicas em 1977 e foi professor do Ensino Secundário durante 28 anos, até a atrofia espinal progressiva o ter impedido de continuar. Tradutor de inglês e alemão, foi ainda co-fundador da APN - Assoc. Portuguesa de Doentes Neuromusculares e director da revista da APN. «Hoje, vivo para ser feliz e para dizer que a felicidade é sempre possível e que desistir de lutar por ela é um erro sem sentido.» Testemunho escrito a quatro mãos que é um grito pela dignidade e pelo direito ao amor, ao afecto, à sexualidade, a uma vida inteira e normal.