História da Europa
A Economia do Renascimento Europeu
«A propriedade privada, o valor inerente do indivíduo e a obrigação de o Estado agir para o bem público são conceitos económicos e não apenas éticos. Se Tiver de haver propriedade privada, terá de haver, mesmo que mal definida, alguma limitação ao direito de imposições fiscais por parte dos governos. Se o indivíduo tem valor inato, não pode ser escravizado nem tratado como animal doméstico, como besta de carga, para glória e riqueza do monarca. Se o objecto da governação é o bem público, existe um limite para o auto-engradecimento do rei e este tem, igualmente, um positivo dever de cuidar dos seus súbditos. Quando tais ideias políticas, mesmo simplesmente teóricas, foram defendidas por uma instituição de tão grande poder e prestígio como a Igreja Católica do século XIII, constituíram significativa força de organização e estruturação e, ao mesmo tempo, foram elas as ideias da época acerca da actividade económica e da política fiscal.»
O Maio de 68 Explicado a Nicholas Sarkozy
Este livro nasceu a 29 de Abril de 2007, no Pavilhão Multidesportivo de Bercy. Por altura do último comício eleitoral de Nicolas Sarkozy, surgiu um espectro que se julgava ultrapassado. À moda dos crimes esquecidos da série Cold Case: quarenta anos depois, o dossier 68 reabre-se com grande alarido e impõe-se como a última clivagem das presidenciais. A França e o mundo, no entanto, mudaram bastante desde os famosos «acontecimentos de Maio»: o gaullismo e o comunismo já não dominam o pensamento e a cena política, o muro de Berlim e as torres gémeas de Manhattan caíram, a guerra fria acabou e foi substituída pelas guerras quentes do póscomunismo, por todo o lado se sente a ameaça de um terrorismo niilista, a sida desabou sobre o planeta, a Europa democrática foi parcialmente reunificada, dois genocídios vieram, no Cambodja e no Ruanda, sobrecarregar ainda mais as contas de uma incorrigível humanidade, o euro substituiu o franco, a esquerda assumiu o poder para depois o perder, os antigos revolucionários aburguesaram-se, a interrupção voluntária da gravidez, a pílula abortiva e o pacto civil de solidariedade já são aquisições consensuais… O sé culo XX morreu, um novo milénio começa. Que parte de 68 vibra, age e vive ainda em 2008? É a esta pergunta que o livro procura responder.