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A Casa de Bragança 1560-1640
Esta obra constitui um bom exemplo de como a nova historiografia pode renovar temas tradicionais. O seu objecto de estudo é a Casa de Bragança, uma grande casa senhorial da época moderna, a maior de todas e de onde viria a sair a última dinastia reinante. Aqui ela é encarada, não tanto como um pólo da grande política do reino, mas antes como um modelo de construção e exercício do poder típico das sociedades modernas.
Armindo Monteiro e Oliveira Salazar
«Sentado no meio da longa mesa de mogno do Conselho-reluzente, com pastas, tinteiros, maços de papel, colocados a intervalos regulares, diante de cadeiras graves- no lugar que uma tradição já secular impõe ao Primeiro-Ministro de Sua Majestade Britânica, está o Sr. Winston Churchill.
Levanta-se sorridente para me receber. Veste um estranho fato de macaco, de uma fazenda sedosa, de tom azul-acinzentado, com um fecho de correr, que vai do fundo da barriga até ao pescoço. Tem várias algibeiras este curioso traje ministerial. Na que fica à esquerda do peito apontam dois grossos charutos. A linha média do tronco está marcada por um cinto com sua fivela, que dá maior vulto ao volumoso ventre do Sr. Churchill.»
História da Guerra Civil da Patuleia 1846-1847
A História da Guerra Civil da Patuleia começa no Verão de 1846. Os «Cabrais», caídos a 20 de Maio, varridos pela Maria da Fonte e execrados pela maioria do país, estavam exilados em Espanha. Apenas um restrito grupo de fiéis acreditava ainda no seu regresso ao poder. Mas foi precisamente o que nem uma guerra civil nem uma intervenção estrangeira puderam evitar. Esta é a história daquela guerra civil e desta intervenção. E do regresso dos «Cabrais» que, em 1848, estavam de volta, donos e senhores da situação.
O Comportamento Político dos Militares
Este livro versa temas da História institucional e política. Nele se procura narrar o comportamento da instituição militar face aos diferentes regimes políticos em Portugal durante o século XX: Monarquia Constitucional, República Parlamentar (1910-1917), República Nova ou Sidonismo (1926), Ditadura Militar (1926-1933), Estado Novo (vigência da Constituição de 1993), ruptura de 25 de Abril de 1974 e estabelecimento do regime democrático constitucionalizado em 1976.
Os Plásticos em Portugal
Os plásticos, materiais criados pela Ciência, saíram rapidamente das bancadas do laboratório para a produção em grande escala, tendo conquistado, em pouco tempo, reconhecimento universal. A investigação nesta área permitiu dotar estes materiais com características tão inovadoras e abrangendo um número tão ilimitado de campos de utilização, que o seu percurso de desenvolvimento foi ímpar. Como se desenrolou o processo em Portugal ? Qual o impacte que os plásticos tiveram na sociedade portuguesa ? Até que ponto estes materiais foram adoptados pela sociedade portuguesa ? Com que ritmo se impuseram e em que extensão se deu o desenvolvimento desta indústria ? Estas questões são, entre outras, propósito deste estudo. O período seleccionado decorre entre o início de década de 30, altura em que surgiram as primeiras empresas, e 1957, ano em que foi criado o Grémio Nacional dos Industriais de Composição e Transformação de Matérias Plásticas e que marca o início de uma nova fase nesta indústria.