A7
A Civilização da Europa das Luzes – Volume II
A Civilização da Europa das Luzes propôs uma visão do espaço e da vida humana radicalmente diferente da de A Civilização da Europa Clássica. Desde logo porque o séc. XVIII aparece aqui como uma fonte da história contemporânea; ele prepara, por assim dizer, a Europa da comunicação, com a população já parcialmente alfabetizada, e propõe as condições prévias à mutação do crescimento.
A Ideologia Real Acádica e Egípcia
A Mulher, a Luxúria e a Igreja na Idade Média
Os capitéis das igrejas com as suas representações realistas e didascálicas (a Bíblia dos analfabetos), os pecados e as penitências, minuciosamente catalogados nos manuais para confessores, os modelos de prédicas e a recolha de exempla que os pregadores incluíam nos seus sermões, dirigidos a determinadas categorias sociais, as lendas hagiográficas e as disputas teológicas sobre a prostituição e sobre o «valor justo». Estes documentos, à primeira vista diferentes, surgem analisados numa perspectiva histórica para realçar o nascimento e a mudança da atitude da Igreja perante a luxúria feminina, mostrando a estreita relação que liga a ideologia religiosa - exteriormente imóvel e imutável - e as mudanças socioculturais dos primeiros séculos depois do Ano Mil.
A Religião dos Pobres
Como se formou o catolicismo moderno? Estudando as missões que percorreram as regiões rurais europeias do século XV ao século XIX, Louis Châtellier fornece elementos de resposta àquela questão. Após ter analisado o fenómeno missionário que difundiria os princípios do Concílio de Trento e sublinhado a sua amplitude na Europa, principalmente nos séculos XVII e XVIII, o autor mostra de que modo os relatos dos jesuítas e outros revelam crenças, comportamentos, tradições de piedade e velhas relações que constituem uma primeira abordagem duma etnologia religiosa europeia.
Camponeses e Colonizadores
Estes doze estudos testemunham o interesse do autor pela história luso.brasileira. Entre eles encontramos três inéditos que se debruçam sobre a questão da data da batalha de Trancoso, as misteriosas indisposições do rei D. Sebastião e a distribuíção da riqueza em Portugal desde o princípio do século XIV até aos fins do século XVIII.
Donas e Plebeias na Sociedade Colonial
Neste volume, a história das mulheres na colónia é escrita tendo em conta não apenas as diferenças étnicas (brancas, negras, índias e mestiças) e as diferenças jurídicas (livres, forras e escravas), mas também a clivagem entre nobres e plebeias que tanto se impunha no Brasil como em Portugal. A população feminina é estudada desde o início da colonização até à independência, salientando-se a reclusão em recolhimentos e conventos, as formas de trabalho e de sociabilidade, as transgressões às normas civis e eclesiásticas, as práticas mágicas e hetorodoxas e finalmente o modo como a prepotência masculina se fazia sentir na sociedade colonial.
História das Nações e do Nacionalismo na Europa
Será o poder do vínculo nacional recente ou, pelo contrário, muito antigo? Que exercícios económicos, culturais ou políticos fizeram deflagrar a fúria nacionalista tanto no Ocidente como no Leste europeus? Presenciará actualmente o Estado-Nação, assim como o nacionalismo, o seu canto do cisne face às novas identidades plurais e a uma Nação-Estado europeia em gestação? Ou tratar-se-á já de uma esperança destruída pelo incêndio nacionalista de que os antigos países comunistas não fornecem senão o mais violento exemplo?
Esta obra apresenta elementos históricos que permitem encarar estas questões para além das considerações demasiadamente apressadas e confronta, igualmente, teses que tentaram desenredar as meadas das paixões nacionais que julgávamos esquecidas e que, uma vez mais, vêm agitar a Europa.