F69

A Saga de Henri Wilt continua! Promovido na escola onde dá aulas, pai de quatro terríveis gémeas, obcecado pela sua loira e escultural hóspede, Irmgard, envolvido em actividades pouco próprias com uma roseira sexy, Wilt acaba por ser apanhado pelas teias de uma conspiração terrorista.

Piper, escritor desesperadamente inédito, decide aceitar uma estranha proposta do seu agente literário, a troco da publicação da sua obra. Trata-se de assumir a identidade do enigmático autor de um best-seller, que exige o mais rigoroso anonimato, e partir para a América numa viagem promocional. A situação, porém, não é fácil, e Piper, o nosso herói, vê-se envolvido numa vestiginosa trama de mentiras e acontecimentos de que não estava de forma alguma à espera. Incêndios, bombas, fugas precipitadas, sexo, tentativas de chantagem, inquéritos policiais, enfim, toda a paníplia de situações hilariantes e de suspense que o leitor fiel de Tom Sharpe tão bem conhece e espera encontrar nos seus livros, desde que a Teorema o revelou ao público português com o prodigioso "Wilt".

Para muitos observadores, os acontecimentos de 11 de setembro de 2001 vieram confirmar a hostilidade, supostamente milenar, entre o Oriente e o Ocidente. Neste ensaio incisivo, Georges Corm explica porque é que se trata na realidade de uma fractura imaginária, que esconde de forma oportuna interesses de potências bem profanas.

Em A Mafia Senta-se à Mesa, descrevem-se as refeições, ceias ou banquetes que, pela sua importância histórica ou lendária, pela sua originalidade ou pelo seu cariz burlesco.

Andrew Miller

" Os seios talvez não existam por si próprios; não existem: talvez não sejam mais de que uma ilusão nossa» escreve Ramón Gómez de la Serna no seu maravilhoso livro, Seios. O mesmo acontece com os nossos corpos e todas as suas partes: se nós não os amamos, se não os animamos, se não sabemos ver uma alma na linha das costas ou de um ombro, numa unha ou num arranhão, em cada uma das belezas e das imperfeições do corpo…então talvez a sua existência não seja mais de que uma ilusão. Neste livro, Alina Reyes, torna-se exploradora desse continente negro que é o seu corpo, o nosso corpo: familiar e tão estranho, tão misterioso…Fá-lo revelar alguns dos seus sonhos, dos seus sentidos ocultos, dos seus desejos, alegrias…Um livro que se desenvolve num constante vaivém entre o íntimo e o social, o íntimo e o universal.".

Francisco Duarte Mangas

Hesitei muito tempo antes de escrever cruamente, preto no branco, o que até aqui estava na categoria do indizível. É uma confissão difícil de formular, por tocar tanto no mais íntimo do meu ser, mas, enfim, lanço-me de cabeça e confesso já sem pudor: sim, sou heterossexual.

É um livro hilariante, cheio de pormenores fantásticos e de um ritmo inesperado acerca de um punhado de inadaptados funcionários da Microsft que percebem que não vivem as suas vidas e resolvem tratar delas dentro do mundo da alta tecnologia, que vive à velocidade da luz, da cultura americana dos anos noventa. Entre a vaga de fundo do culto das empresas de software de Seattle e do terror financeiro dos caloiros tecnocratas de San Francisco e de Sillicon Valley, os membros do colorido grupo de Coupland como que enfiam um cartucho de dinamite dentro de si próprios, à maneira dos gatos dos desenhos animados, na esperança de, ao juntarem de novo os seus pedaços dispersos, se tornem pessoas diferentes.

Nova colectânea de contos, depois de "Amor em Tempos Tristes", do inglês de origem paquistanesa, Hanif Kureishi, autor de "O Buda dos Subúrbios" ou dos argumentos dos filmes "A Minha Bela Lavandaria", de Stephen Frears, e "O Meu Filho Fanático", de Udayan Prasad. Kureishi tem-nos vindo a dar um fiel retrato de um certo lado de Londres e do seu quotidiano nos dias que correm. Nestes contos que agora se publicam, os personagens são já homens de meia-idade, actores, escritores, conferencistas, produtores de cinema, em plena crise das relações amorosas. Uma ligação que acabou, uma nova que está a começar, os encontros e desencontros, as memórias, as dúvidas, uma certa amargura, a angústia que os atormenta. "Filho de mãe inglesa e pai paquistanês, Kureishi tem retratado com sensibilidade, ironia e espírito crítico o quotidiano de uma Londres multicultural, onde entram em conflito formas distintas de construção de identidade rácica, sexual e de classe. Trata-se de uma escrita que, partindo de experiências particulares, não deixa de ser política." Francisco Frazão, Público "Mil Folhas", 16/12/2000

Nos contos que constituem este volume, os acontecimentos ocorrem de uma forma perfeitamente natural e inocente, conduzindo-nos, porém, para dentro da armadilha do insólito. Os personagens são mulheres que deixam atrás de si um perfume no qual não passa despercebida uma ponta de enxofre. O humor que nos seduz a imaginação, ao longo destas histórias, torna-se de repente estranho e perverso, ao ponto de deixar no ar a incerteza acerca dos acontecimentos da nossa própria vida.

 Editorial Teorema

Relata a história de três intermináveis dias na cadeia. Duas mulheres muito diferentes. Uma surpreendente amizade.

Ulla Hahn

No elenco deste romance figuram uma imponentee e riquissima proprietária rural, LadyMaud, o seu ambicioso marido, Sir Lybchwood, adúltero, ferveroso adepto de práticas masoquistas, que quer apoderar.se a todo o custo das propriedades da sua esposa, e um jardineiro, o temível Blott, homem de complicadas origens, que ama tanto Lady Maud como odeia o seu marido. Há ainda uma auto-estrada, cujo trajecto, de acordo com os planos de Sir Lynchwood, implica a demolição do solar da sua esposa, e um funcionário do Governo, enviado como mediador para resolver os indidentes provocados por Lady Maud, que se revelará capaz de, por si só, desencadear as mais hilariantes catástrofes.