G38
A Lâmina na Alma
A Rapariga Dinamarquesa
"A Rapariga Dinamarquesa" começa com um pequeno favor pedido por uma mulher ao seu marido e inspira-se na história verdadeira de um dos mais apaixonados e estranhos casamentos do século XX. Einar Wegener e a sua esposa americana, Greta Waud, ambos pintores, levavam já seis anos de casados, numa vida de doce boémia na Copenhague dos despreocupados anos vinte, no dia em que esse simples pedido provocou uma mudança radical e irreversível nas suas vidas. Numa bela tarde da Primavera de 1925, Greta, devido à ausência da sua modelo, pede ao marido que pose para o retrato de uma cantora de ópera que estava a pintar e ao qual só faltavam as pernas.
A Teoria das Nuvens
Akira Kumo é um costureiro japonês que colecciona livros consagrados as nuvens. Para classificar a sua biblioteca, contrata Virginie Latour, uma jovem a quem conta histórias de caçadores de nuvens. A de Lucke Howard, que lhes inventou os nomes, a de Richard Abercombie, que deu a volta ao mundo para ver se as nuvens eram idênticas em toda a parte, e outras tão surpreendentes como o próprio jogo das nuvens.
A Trégua
Primo Levi (Turim, 1919-87) inscreveu seu nome entre os maiores escritores do século XX, a partir da experiência de prisioneiro e sobrevivente do campo de extermínio de Auschwitz. Sua prosa literária tem a força expressiva das narrativas em que a voz da testemunha alia-se ao trabalho da memória e da recriação da vida nos limites máximos da dor e da destruição. A trégua narra a longa e incrível viagem de volta para casa depois da libertação de Auschwitz e do fim da guerra. Numa Europa semi-destruída, o autor e vários companheiros de estrada viajam sem destino pelo Leste até a URSS, entre as ruínas da maior de todas as guerras e o absurdo da burocracia dos vencedores.
As Damas do Séc. XII – VoL. 2. Lembrança dos Antepassados
Algumas figuras de antepassadas surgem nos raros vestígios de uma literatura genealógica que se expandiu em França no fim do século XII. Fugitivas, indecisas, essas silhuetas femininas permitem, contudo, entrever a vida que levavam as damas, as esposas dos senhores, nesses tempos. Cavaleiros ou padres, os seus descendentes gostavam de as imaginar dóceis, submissas, honradas, menos pelos seus próprios méritos do que pela glória do seu marido e dos filhos que tinham posto no mundo. Na realidade, reinavam no interior da casa e aquelas, numerosas, que, finalmente livres, sobreviviam aos seus esposos tornavam-se verdadeiramente dominantes.
As Damas do Séc. XII – Vol. 3. Eva e os Padres
No século XII, alguns padres começaram a falar mais vezes das mulheres, a falar com elas também, a escutá-las por vezes. O que das suas palavras chegou até nós ilumina um pouco melhor o que eu procuro e tão mal se vê: como é que as mulheres eram tratadas nesse tempo. É evidente que ainda não distingo senão sombras. No entanto, no termo desta busca, as damas do século XII surgem-me mais fortes do que eu imaginava, tão fortes que os homens se esforçavam por as enfraquecer através das angústias do pecado. Penso, assim, poder situar, por volta de 1180, o momento em que a sua condição se elevou um pouco, em que só cavaleiros e os padres começaram a acostumar-se a travar debates com elas, a alargar o campo da sua liberdade, a cultivar esses dons particulares que as tornam mais próximas do sobrenatural. Quanto aos homens, sei agora muito mais sobre a forma como olhavam as mulheres. Elas atraíam-nos, elas assustavam-nos. Seguros da sua superioridade, afastavam-se delas ou tratavam-nas com rudeza. No fim de contas foram eles que as perderam.
As Origens do Mal
" Georges Minois, Professor de História, é membro do Centre International de Recherches et d’Études Transdisciplinaires (CIRET). Historiador conhecido e prestigiado é autor de numerosa obras, nomeadamente, História dos Infernos, História do Suicídio, História da Velhice no Ocidente, História do Ateísmo, História do Futuro, As Origens do Mal, todas elas já publicadas na Teorema.".
Conversas Com o Anjo
Compilação de contos organizada por Nick Hornby, para a qual o autor de "Febre no Estádio" convidou uma dúzia de autores britânicos, aqui reunidos por uma causa nobre: os "royalties" desta obra vão para a Treehouse, uma escola inglesa para crianças autistas, e no nosso país para a Associação Portuguesa para Protecção aos Deficientes Autistas. A ideia partiu da leitura de uma entrevista de Bono, vocalista dos U2, onde este falava da reunião de uma série de músicos para angariarem fundos por uma causa social (uma prática que se tornou de algum modo comum a partir dos "Live Aid", organizados por Bob Geldof). Nick Hornby decidiu então fazer o mesmo reunindo gente da sua profissão. E assim surgiu "Conversas com o Anjo", uma série de óptimos contos, histórias mais ou menos pop, de Robert Harris, Melissa Bank, Giles Smith, Patrick Marber, Colin Firth, Zadie Smith, Nick Hornby, Dave Eggers, Helen Fielding, Roddy Doyle, Irvine Welsh, John O'Farrel. "...uma obra de fôlego intenso que nos reconcilia com o conto enquanto género capaz de concentrar todas as emoções." Sérgio Almeida, Jornal de Notícias "Com muita sorte, uma boa colectânea de sucessos tem três ou quatro músicas que se aproveitam. Nos livros de contos, a proporção não costuma ser muito diferente. Mas há excepções, claro. Das 12 histórias de "Conversas com o Anjo" só duas ou três são dispensáveis." José Prata, O Independente
Crianças Pagãs
Como sempre em Elmore Leonard, as personagens de "Crianças Pagãs" são cheias de vida (não é por acaso que ele é uma fonte para o cinema, Tarantino que o diga). Neste caso temos a história de Terry Dunn, um padre que após o massacre do Ruanda ouve uma série de estranhas confissões. Saindo de África e voltando para Detroit, tem aí contra ele uma acção por fraude fiscal. Um padre? Bem, o melhor é ler para crer.
Doze
Este implacável romance segue o jovem White Mike, estudante muito pouco interessado pela escola. Esta não é, porém, uma história de formação porque os seus putos nunca tiveram infância - os seus pais estão sempre fora, de férias em Bali ou em negócios em Bruxelas, deixando-os entregues a empregados que, em regra, olham para o lado, enquanto os miúdos ficam sozinhos nas suas mansões de muitos milhares de dólares, entretendo-se com festas cheias de drogas e sexo e, no final, com coisas muito piores.
"Doze", cuja primeira edição é de 2002, constitui um verdadeiro êxito em todo o mundo e, afirma o seu autor, então um jovem de dezassete anos, como uma das vozes mais importantes do novo milénio.
Ei Nostradamus
Grávida e secretamente casada, Cheryl Anway escrevinha o que virão a ser o seu testamento e as suas últimas vontades, num dossier escolar, pouco antes de um desordeiro trio de colegas de aula desadaptados a abaterem e tiro no bar do seu liceu. Apanhada pela paranóia e pelo fervor religioso, a seguir ao massacre, a pequena e pachorrenta comunidade suburbana proclama os seus santos, estigmatiza os seus demónios e continua a sua vida. Mas, para um grupo de pessoas ainda abaladas por aquele dia horrível, a vida altera-se total e definitivamente.
Eleanor Rigby
Numa noite de verão de 1997, um cometa atravessa os céus. Liz Dunn não tem nada na vida, a não ser esperar por uma cirurgia dental e uma mão cheia de vídeos alugados para a acompanharem numa convalescença solitária no seu condomínio. Tem excesso de peso, é intratável e franca, mas por trás do seu aspecto exterior esconde-se uma mente afinada por anos de observação e contemplação. Liz decide procurar a paz na sua vida, mas, subitamente, surge outro cometa, sob a forma de um jovem internado no hospital da terra, com o nome dela e o número de telefone inscritos na pulseira de alerta médico: Em caso de emergência, contactar Liz Dunn.
Jeremy, uma encantadora alma perdida e um estranho visionário, vem alterar a pacata existência de Liz, desencadeando uma cadeia de acontecimentos que a levam ao outro lado do mundo, pondo em risco a sua vida, precisamente no momento em que uma verdadeira hipótese de felicidade parecia estar por fim ao seu alcance.
Um romance divertido e comovente.
Ler História – Estudos Nº15
«Para uma nova leitura da «Relação do novo caminho» do Padre Manuel Godinho» por Rui Loureiro; «A evolução das visitas pastorais da diocese de Coimbra nos século XVII e XVIII» por Joaquim Carvalho e José Pedro Paiva; «Disponibilidades culturais médias em Palmela na 2.ª metade do século XVII: dados para a sua determinação» por Maria Adelaide Salvador Marques; «A lei das indemnizações de 1835 e a violência política depois da Guerra Civil» por Maria de Fátima Sá e Melo Ferreira; «Entre dos revoluciones: España, 1830-1848» por Alberto Gil Novales; «A Religião como Teoria da Reprodução Social» por Raul Iturra; «Economia, campesinato e «Estado Novo» por Manuel Carlos Silva
Ler História Revista nº22
Nilo
Em 2010, a Áustria e a Europa vivem momentos dramáticos. Uma onda de calor transforma Viena numa fritadeira de ovos. Uma nova doença, o BURN, assola o velho continente. Mais ainda, a extrema-direita arrisca-se a chegar ao poder e a única solução para salvar a democracia talvez seja um escândalo sexual.
O Grande Incêndio de Londres
O realizador Spenser Spender espera conseguir capturar o espírito caótico da Londres moderna num filme que vai realizar, com base no romance de Dickens, Little Dorrit.
O cenário do romance é uma prisão do Sul de Londres e Spenser decide utilizar uma prisão contemporânea - e a Londres contemporânea - como cenário. À medida que as filmagens progridem começam a reunir-se alguns estranhos possuídos por objectos semelhantes: um perigoso anão, um gay especialista em Dickens e uma mulher jovem que pensa que é a Little Dorrit.
Caminhando para o desastre, no seu final, este romance de Ackroyd dá-nos um retrato duma velha e decadente cidade na qual o acaso, como um incêndio, é desmedido. Os encontros a que dá origem são cómicos, trágicos e perturbadoramente estranhos.
O Quadro
" «depois de um sono já tão longo, eis o primeiro voo. querido cavalo que voa. leão de ferro que se abre e pelo coração se alimenta. amor [?]: quantos elementos preenchem estes nossos corpos vácuos, cheios de líquido e beijos desencontrados? fogo que gela, madeira, terra… voa meu filho perdido… luz eterna a despedaçar-se. olho-te, cigarro ardendo, entre dedos ainda. tão felizmente. infantis. temos garras. unhas. ferro, bebo-te, anuncio-te. alongo o corpo até já não ter ossos, nem, músculos, nem pele que se arrepia. vento. tanto sopro. espírito de luz intensa. verbo: vens e és mel percorrendo as veias de um pressentido sentido conhecido possível sol. voa. voa, cavalo-cão-férreo; anis; carne de pedra que se poesia; mater nossa que estás na altura. depois de um sonho já tão longo, é o oriente que se dispara. seta e arco. chá. a seta disparada aproxima-se do alvo, ou, dispara-se o alvo. e é o alvo que se aproxima da seta. meu oriente onde dantes nascia o rei envolto em sete raios de cor. oriente. morto. pronto. meu ocidente hoje nasces lua, espadas que se concentram num ponto-corpo, num olhar-estelar. oferenda das mãos. quantos elementos preenchem estes nossos corpos vácuos, cheios de intenso éter?»".
O Senhor das Pocilgas
Tristan Egolf viu este seu primeiro romance ser formalmente recusado por mais de setenta editores americanos. Ganhava a vida em Paris como músico de rua, quando foi descoberto pela Gallimard, que o publicou originalmente em francês. A partir daí, o seu sucesso foi enorme em todo o mundo, ao ponto de ser comparado com William Faulkner, Lawrence Norfolk, J. P. Donleavy, Thomas Pynchon e John Kennedy Toole.
O Senhor das Pocilgas começa com a morte de um mamute na Era Glaciar e termina com uma caça ao porco, durante um funeral no Midwest dos nossos dias....
Polaroids de Figuras Extintas
Ao longo dos anos, os seus comentários cortantes sober o que significa ser-se humano numa era tecnológica conquistaram o apreço tanto dos leitores como da critica. Coupland vem agora reunir uma série de histórias e de "postais" sobre as pessoas e lugares determinantes para a definição da vida moderna. Polaroids de Figuras Extintas é uma habil combinação de contos, factos e ficção, agudos extractos da vida do século XX que examina o passado recente de uma sociedade obcecada pela fama, o crime, a morte.
Três Vésperas Para Um Madrigal
"Não perdi o cruzeiro do tino... não! Ganhei foi o brilho da luz, da estrela polar do discernimento, graças a Vossas Senhorias.
O Tribunal do Santo Ofício é cometa de muitas luzes!
Que má consciência têm os Reverendos Inquisidores - e da mesa da Consciência- para apontarem, um a um, os sodomitas destes Reinos?"...
Um Amante na Palestina
No final dos anos 20 do século passado, Albert Pahraon vivia no Líbano. Descendente de uma rica família palestiniana, sentia-se um pouco deslocado de Beirute. A vida mundana enfadava-o e os cavalos eram a sua única paixão. Voltava muitas vezes a Haifa, onde tinha nascido, até que voltou a instalar-se nesta cidade, abandonando a mulher e os filhos. A notícia escandalosa espalhou-se. Albert tinha uma amante judia na Palestina – chamava-se Golda Meir.
Um Instante de Abandono
A história começa numa pequena cidade de pescadores, triste e cinzenta, pouco frequentada pelos turistas. É Outono. Chove.
Um homem regressa e, com ele, é o passado que ressurge.
Dez anos antes, o homem foi condenado por um crime, talvez o mais imperdoável de todos os crimes.
As pessoas não esqueceram. Mas ele não volta para pedir perdão. Quer encontrar no mais amargo de si próprio, aquele estado da inocência de que tão violentamente o privaram. Mas será possível alguma vez fazer desaparecer os seus desaparecidos e o tempo de outrora?