Cinema

Nesta série de artigos resultantes da colaboração da autora na revista Cerâmicas e agora publicados com o apoio do Cencal – Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica -, para assinalar o 15.º aniversário da sua actividade, são abordadas diversas temáticas relacionadas com esta produção milenar. Do vale do Níger ao design moderno, das mesas reais aos artefactos populares, da porcelana chinesa aos arcanos da porcelana de Meissen, das proezas técnicas das fábricas de Sèvres e de Limogesà pesquisa formal e técnica de ceramistas europeus, africanos e asiáticos, ao ritmo de exposições e, mesmo, de eventos como a inauguração das novas estações do metropolitano de Lisboa ou do novo aeroporto de Macau, a autora retraça a lenta maturação das artes do fogo, às quais artesãos anónimos e artistas consagrados dedicaram vida e talento. O que é a cerâmica ? Que relações mantém com as outras artes ? O que separa uma peça de uso comum de um objecto artístico ? E com que critérios estéticos? Ao longo destas páginas, Lucília Verdelho da Costa mantém em aberto o diálogo com uma tradição artesanal onde o "fazer" prima, por vezes, sobre a "arte", mas onde a "arte" pode adquirir-se através do "fazer", conquistas técnicas essas que acabaram por gerar as suas próprias formas de expressão artística e elevaram a cerâmica à categoria de Arte.

Neste primeiro estudo de conjunto dos tectos em perspectiva ilusionista foi privilegiado o reinado de D. João V. Trata-se da primeira tentativa de organizar um pequeno inventário fotográfico que dê a conhecer estes espécimes, ao mesmo tempo que se faz a sua análise de conjunto, ou uma primeira discussão, relacionando-os com o desenvolvimento da perspectiva e da cenografia, sempre em paralelo com os tectos pintados italianos, sem, no entanto, os comparar tecnicamente, mas, sim, estudando-os como uma única composição.